“UM DOS
MAIORES DESATRES AMBIENTAIS DA HISTORIA. VITIMA DO CRESCIMENTO INSUSTENTAVEL DA AGRICULTURA”
Ele tinha uma área equivalente à dos
estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos. Por séculos, foi um oásis no meio
do deserto. Mas agora o mar de Aral, entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, está
morrendo. Simboliza o que poderá acontecer com os outros mananciais do planeta
se o ritmo do uso irracional continuar como nos dias de hoje. Apesar do nome, o
Aral é um grande lago que se tornou salgado. Antes da década de 1960, tinha
62.000 km2 de extensão. Hoje, já perdeu dois terços da sua área de superfície
Em toda a bacia do Aral, existem mais de 5
mil lagos, a maior parte na região dos rios Amu Daria e Sir Daria. Sua morte
foi prevista há quase 50 anos, quando o então governo soviético desviou dois
rios que o alimentavam para irrigar plantios de algodão. Os agrotóxicos
poluíram 15% das águas, também castigadas pelos efeitos das barragens de 45
usinas hidrelétricas. A floresta que cercava suas margens praticamente acabou.
Cerca de 80% das espécies de animais desapareceram.
Com a erosão e a retirada exagerada de água, o Aral recebe anualmente 60 milhões de toneladas de sal carregadas pelos rios, matando peixes e, por conseqüência, a indústria pesqueira que sustentava a economia local. O sal e os pesticidas agrícolas se infiltraram no solo. Contaminaram lençóis freáticos, tornaram impossível a lavoura e elevaram a níveis epidêmicos doenças como o câncer. O Aral pode desaparecer se nada for feito para modernizar os sistemas de irrigação e adotar práticas ambientais menos agressivas.
Com a erosão e a retirada exagerada de água, o Aral recebe anualmente 60 milhões de toneladas de sal carregadas pelos rios, matando peixes e, por conseqüência, a indústria pesqueira que sustentava a economia local. O sal e os pesticidas agrícolas se infiltraram no solo. Contaminaram lençóis freáticos, tornaram impossível a lavoura e elevaram a níveis epidêmicos doenças como o câncer. O Aral pode desaparecer se nada for feito para modernizar os sistemas de irrigação e adotar práticas ambientais menos agressivas.